O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse em entrevista à rádio Jovem Pan, que a quarentena no Estado pode ser afrouxada de forma escalonada e heterogênea a partir de junho, logo após o vencimento do atual decreto estadual de quarentena para frear a propagação do coronavírus. Não há, no entanto, uma definição exata de quando a medida começará a ser adotada, por conta do avanço da pandemia.
"Haverá um período, sim, a partir de junho em fases escalonadas, cuidadosas, zelosas e isso feito com o setor privado para a flexibilização. Mas quando possível. Neste momento, não. Nós estamos no pior momento do coronavírus no Brasil, não é em São Paulo", disse Doria na entrevista.
A retomada das atividades estão sendo planejadas por uma equipe intersecretarial, que elabora o Plano São Paulo, que deve ser adotado de forma regionalizada.
O governador disse que 26% dos 645 municípios do Estado não têm registro de casos de coronavírus e disse que as autoridades estaduais analisam, entre outros fatores, a taxa de ocupação do sistema de saúde para definir como será feita a flexibilização.
O início da retomada das atividades econômicas no estado de São Paulo pode dar certo, mas pode ter sido anunciada de forma precoce de acordo com especialista que acreditam que o contágio ainda está acontecendo em grande escala.
Atividades essenciais também foram estabelecidas no decreto. Agora são serviços indispensáveis:
Assistência técnica de eletrodomésticos e equipamentos de informática;
Preparação, gravação e transmissão de aulas pela internet ou por TV aberta, e o planejamento de atividades pedagógicas, em estabelecimentos de ensino;
Processamento de dados ligados a serviços essenciais;
Serviços de auxílio, cuidado e atenção a idosos, pessoas com deficiência e/ou
dificuldade de locomoção e do grupo de risco, realizados em domicílio ou em instituições destinadas a esse fim;
Serviços de segurança, limpeza, vigilância, portaria e zeladoria em estabelecimentos públicos e privados, condomínios, entidades associativas e similares;
Serviços de entrega em domicílio de qualquer mercadoria ou produto;
Imprensa;
Estabelecimentos de aviamentos e de tecidos, exclusivamente para o fornecimento dos insumos necessários à fabricação de máscaras e outros Equipamentos de Proteção Individual - EPI`s relacionados ao enfrentamento do coronavírus.
Restaurantes, lanchonetes e similares localizados em unidades hospitalares e de atendimento à saúde e no aeroporto ou terminal rodoviário, desde que destinados exclusivamente ao atendimento de profissionais da saúde, pacientes e acompanhantes, e passageiros, respectivamente;
Restaurantes, lanchonetes e similares em geral, exclusivamente como ponto de coleta e entrega em domicílio;
Serviços de assistência social e atendimento à população em estado de vulnerabilidade;
Atividades de preparação, gravação e transmissão de missas, cultos e demais celebrações religiosas pela internet ou por outros meios de comunicação, realizadas em igrejas, templos ou outros locais apropriados;
Serviços de contabilidade;
Serviços de suporte portuário, como operadores portuários, agentes de navegação, praticagem e despachantes aduaneiros; e
Transporte coletivo de passageiros, devendo observar normas complementares editadas pela autoridade que regulamenta o setor.
Algumas lojas também estão sendo abertas com algumas restrições.
Fonte das informações:
- Folha de São Paulo
- Diário de São Paulo
-Ministério da Saúde
-Governo do Estado de São Paulo
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